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Universal Dependencies - Portuguese - PetroGold

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s-101 Sequência Permo-Triássica: Possui a base da sequência constituída pelas formações Rio Bonito, Palermo e Irati, desenvolvidos em ambiente marinho (Milani et al. 1994).
s-102 Sequência Juro-Cretáceo: Constituída pelos arenitos da Formação Botucatu (Milani et al. 1994).
s-103 5.3.2 SUPERSEQUÊNCIA PRÉ-RIFTE
s-104 A natureza dos estratos pré-rifte relaciona-se ao comportamento de ascensão da astenosfera.
s-105 É marcada pela sequência do Eocretáceo composta pelos espessos derrames basálticos da Formação Serra Geral, que são recobertos pela Formação Imbituba na porção norte da Bacia de Pelotas.
s-106 5.3.3 SUPERSEQUÊNCIA RIFTE
s-107 De acordo com Bueno et al. (2007), é dividida em dois estágios, Rifte I relacionado à Sequência de Idade que vai desde o Barremiano ao Aptiano, basicamente representada pelos basaltos da Formação Imbituba, e o Rifte II composto pelas fácies siliciclásticas da Formação Cassino, constituindo as fases da sequência datando no Aptiano.
s-108 Estas sequências preencheram uma associação de meio-grábens antitéticos, servindo como molde que a Bacia de Pelotas herdou da borda flexural do rifte precursor, restando à borda falhada a bacia conjugada da Namíbia, na África.
s-109 5.3.4 SUPERSEQUÊNCIA PÓS-RIFTE
s-110 É composta pela Sequência do Aptiano que equivale à suíte vulcânica (basaltos, andesitos e traquiandesitos) da Formação Curumim, cuja datação via método Ar-Ar efetuada em amostra do poço 1-SCS-1 resultou na idade de 113 ± 0,1 Ma (Dias et al. 1994), que é recoberta em discordância tanto pelos evaporitos da Formação Ariri quanto pela seção carbonática da Formação Porto Belo.
s-111 De acordo com Martins-Neto et al. (2006) é possível dizer que a Sub-bacia de Torres (Norte da Bacia de Pelotas) ainda sofria o processo de rifteamento, enquanto a Sub-bacia de Pelotas (Sul) experimentava o estágio de subsidência flexural produzido pelo resfriamento e contração termal da crosta oceânica.
s-112 5.3.5 SUPERSEQUÊNCIA DRIFTE
s-113 Pode ser dividida em três fases; a inicial, representada por depósitos de plataforma rasa do Albiano, representado pelos depósitos siliciclásticos e carbonáticos da formação Porto Belo; a intermediária, sendo um período transgressivo que se estende do Albiano ao Oligoceno representado pelos pelitos da formação Atlântida que recobrem em discordância os carbonatos da Formação Porto Belo e, a final, constituindo-se de uma cunha clástica regressiva no Neógeno onde os siltitos e arenitos finos da formação Cidreira progradam sobre os pelitos da Formação Imbé (Bueno et al., 2007).
s-114 5.4 Arcabouço Estrutural da Bacia
s-115 Estas feições são as mais antigas na Bacia de Pelotas.
s-116 Os mecanismos de basculamento na margem continental, posteriores à fase tafrogênica do Eocretáceo, são responsáveis pelas falhas de embasamento que ocorrem na Plataforma de Florianópolis e Bacia de Pelotas (Gonçalves et al. 1979).
s-117 A Bacia de Pelotas apresenta embasamento aplainado, cortado por falhas antitéticas e recoberto por estratos que mergulham suavemente em direção ao mar formando cunhas (Gonçalves et al. 1979).
s-118 A fase rifte apresenta meio-grábens controlados por falhas antitéticas de alto ângulo, com sedimentos predominantes de águas rasas (Milani et al. 2000).
s-119 A seção pós-rifte apresenta estruturação incipiente, fato este que pode ter influenciado a ausência de evaporitos albianos (Chang et al. 1992).
s-120 É possível dizer que o quadro estrutural da bacia é relativamente monótono, que os basculamentos são os principais agentes modeladores.
s-121 Com isso, as feições estruturais mais importantes são as calhas de ruptura da crosta, o alto externo, a charneira e as falhas da área limítrofe com a Plataforma de Florianópolis (Gonçalves et al. 1979).
s-122 As exceções à monotonia estrutural da bacia são as grandes estruturas de escorregamento que se associam às falhas lístricas, afetando a seção pós-oligocênica na região do Cone do Rio Grande (Fontana 1990a).
s-123 Essa região também pode apresentar superfícies inclinadas (clinoformas) de alto ângulo, grandes falhas de empurrão imbricadas do tipo patamar e lanço, ou duplex, além da existência de uma superfície de descolamento em sua base.
s-124 A Plataforma de Florianópolis localiza-se na porção norte da bacia e foi individualizada por Gonçalves et al. (1979).
s-125 Esta plataforma se originou sobre uma antiga zona de fraqueza, possivelmente uma ramificação da Zona de Fratura do Rio Grande ou (Lineamento de Florianópolis Figura 10, Gamboa & Rabinovitch 1981).
s-126 Esta zona é responsável por separar as bacias de Pelotas e Santos, sendo caracterizada como um paleoalto do embasamento de direção E-W, soterrado sob a margem continental (Gamboa & Rabinowitch 1981).
s-127 Esta feição está encoberta por um grande volume de rochas básicas de caráter extrusivo que se estendem para o interior do continente, após a faixa de rochas pré-cambrianas e paleozóicas.
s-128 Essas rochas básicas foram atravessadas por perfurações na plataforma continental, podendo ser correlacionadas com a Formação Serra Geral devido à sua petrografia e provável idade Cretáceo Inferior (Fonseca 2006).
s-129 O Alto de Florianópolis apresentou um comportamento como um alto até o Aptiano, de modo a receber poucos sedimentos e esta característica proporcionou à Bacia de Pelotas certo contraste em relação às demais bacias evaporíticas situadas ao norte.
s-130 A comunicação entre as bacias de Pelotas e Santos ocorreu a partir do Eoalbiano, fazendo com que o registro sedimentar da bacia se torne mais expressivo (Gonçalves et al. 1979) a partir de então.
s-131 A subsidência da bacia de Pelotas ao sul é controlada por linhas de charneiras, representadas por conjuntos de falhas antitéticas que ocorrem na plataforma associadas à Zona de Falha do Rio Grande.
s-132 A idade desta Zona é possivelmente pré-neógeno ou neógeno inferior, separando a Bacia de Pelotas rasa (em grande parte emersa), da profunda, que se inicia no centro da plataforma continental (Miranda 1970; Kowsmann 1974).
s-133 O Lineamento de Porto Alegre, também conhecido como Zona de Fratura de Porto Alegre (Figura 10), possui direção E-W.
s-134 A Plataforma de Florianópolis é caracterizada por apresentar altos no embasamento, como o Arco de Torres (Alves 1981).
s-135 Este alto estrutural possui direção geral NW-SE e sua origem pode ser associada a esforços de cisalhamento entre o Lineamento de Porto Alegre e a Zona de Fratura do Rio Grande (Basseto et al. 2000).
s-136 Na porção onshore o Lineamento de Jacuí Porto Alegre (Lineamento Bento Gonçalves) é a continuidade deste (Fonseca 2006).
s-137 De acordo com Fonseca (2006), o Arco de Torres é uma estrutura antiformal ocorrendo na plataforma transversalmente à Bacia de Pelotas e se comporta como um subdivisor desta .
s-138 5.4.1 ESTRUTURAS RELACIONADAS À BACIA DO PARANÁ
s-139 A ligação entre os arcos de Ponta Grossa e do Rio Grande é representado pelo Sinclinal de Torres (Figura 10), com orientação NW-SE e caimento suave para NW.
s-140 Em superfície, é frequente a presença de falhas que movimentaram verticalmente as unidades da Bacia do Paraná (Vitorello e Padilha 2000) e a presença de diques de diabásio, eo-cretáceos.
s-141 O Lineamento de Tibagi ocorre a partir de Itajaí, segundo a direção NW e é marcado pela drenagem e relevo, ocorre a sudoeste do Arco de Ponta Grossa, apresentando falhas normais, com rejeito pequeno que afetam rochas da Bacia do Paraná (Hasui et al. 2012).
s-142 O padrão de fraturamento é marcado por famílias NW-SE (N50W/70NE) a principal e mais duas famílias secundárias N30E/65SW e N5W/50NE.
s-143 A direção das falhas se entre as direções NW-SE e NNE-SSW, sempre com médio a alto ângulo de mergulho (Hasui et al. 2012).
s-144 Segundo Hasui et al. (2012), o Lineamento Tibagi aparenta estar relacionado ao processo de ruptura para a entrada dos diques de diabásio do Arco de Ponta Grossa e do Lineamento Guapiara.
s-145 Os traços NW-SE parecem balizar o flanco norte do Sinclinal de Torres.
s-146 Figura 10: Mapa esquemático ilustrando as principais feições da margem continental brasileira, (modificado de Gamboa et al. 1981).
s-147 5.5 Evolução Tectônica
s-148 A evolução tectônica da Bacia de Pelotas pode ser dividida em fase rifte e pós-rifte.
s-149 O rifteamento foi iniciado no Neojurássico ou Eocretáceo, com a instalação de processo de estiramento crustal no Gondwana, resultando na separação dos continentes sul-americano e africano, através de um rifte intracontinental que fragmentou rochas crustais e supracrustais pré-cambrianas e paleozóicas (Fontana 1990b).
s-150 Este rifte atuou em áreas onde estão localizadas as regiões costeiras dos estados de Santa Catarina e Rio Grande do Sul (Fontana 1990b).
s-151 Nessa fase foram gerados grábens e meio-grábens que foram preenchidos por rochas vulcânicas e clásticos finos a grossos, formações Imbituba e Cassino respectivamente, além de falhas antitéticas predominantes na bacia (Fontana 1996).
s-152 A extrusão de rochas basálticas de composição moderadamente alcalina, sobre crosta continental, ocorreu nesta fase.
s-153 As estruturas destas rochas foram denominadas de seaward dipping reflectors (SDRs), pois apresentam expressão sísmica como refletores superpostos, convexos para cima, acunhados, mergulhando em direção ao mar (Figura 11).
s-154 Localmente, essa cunha de rochas basálticas apresenta-se falhada, indicando que houve atividade do rifte após a principal fase tectônica responsável pelo aparecimento dos basaltos (Fontana 1990b).
s-155 Segundo Mizusaki (1986), o conjunto de rochas basálticas evidencia um derrame subaéreo ou no máximo a pequenas espessuras de lâmina d’água.
s-156 Estas provavelmente são associadas aos instantes iniciais do rifte, sendo depositadas de modo subaéreo sobre crosta continental recém-fragmentada (Fontana 1990b).
s-157 A fase rifte da Bacia de Pelotas e da Plataforma de Florianópolis caracteriza-se por apresentar basaltos com 120
s-158 Ma, siltitos e conglomerados com seixos de vulcânicas básicas sotopostas.
s-159 Essas rochas foram depositadas nos hemi-grábens formados por falhas antitéticas e todo este conjunto foi coberto por uma discordância transgressiva de idade albo-aptiana (Fontana 1990b).
s-160 A fase pós-rifte iniciou-se com o processo de subsidência térmica que se amplificou com a carga de basaltos extrudidos sobre a crosta continental.
s-161 O soterramento da sequência rifte ocorreu sob espesso prisma sedimentar devido ao avanço da subsidência térmica e espalhamento do assoalho oceânico com início no Aptiano.
s-162 No Albo-Aptiano, cerca de 108
s-163 Entre o Albo-Aptiano e o Mioceno houve a maior parte do carregamento sedimentar e da subsidência termal na bacia.
s-164 Ocorreu também o deslocamento da linha de charneira para oeste ocasionado por falhas desenvolvidas durante a fase rifte, estas se apresentavam progressivamente mais ativas em direção ao continente (Fontana 1990b).
s-165 A atuação da flexura no processo de subsidência da Bacia de Pelotas e Plataforma Florianópolis, passou a ser mais efetiva a partir do Mioceno.
s-166 Nesta época os onlaps costeiros tornaram-se mais frequentes, sendo que são notados desde o Paleoceno.
s-167 No Pleistoceno, ocorreu a migração do depocentro do Baixo de Mostardas para o sul (Asmus & Paim 1986) e, como consequência, maior espessura sedimentar foi depositada próximo ao local da atual conexão da Laguna dos Patos com o Oceano Atlântico (Fontana 1990b).
s-168 Na Figura 12 é possível visualizar um esquema geral do processo de evolução de uma margem continental atlântica.
s-169 Figura 12: Esquema da sequência das etapas evolutivas de uma margem continental Atlântica,
s-170 6. - RESULTADOS
s-171 6.1 Sensoriamento Remoto
s-172 A partir de imagens SRTM, foram traçadas 2628 feições lineares da área de estudo adjacente à Bacia de Pelotas (Figura 13).
s-173 Estas feições foram exportadas para o formato shapefile e foram usadas em ambiente ArcGis, onde foram identificadas 4 direções principais; N-S; E-W; NE-SW e NW-SE.
s-174 Na Figura 13, está representado o traço principal do Lineamento Tibagi de acordo com a drenagem, porém o lineamento é constituído por um feixe de lineamentos que apresenta um forte controle geomorfológico como é possível visualizar na Figura 13.
s-175 Através dos diagramas de rosetas é possível estabelecer a ordem de maior representatividade dos lineamentos, que é NNW-SSE; NNE-SSW; NE-SW, E-W e NW-SE (Figura 14) além de direções ENE, NNE, WNW e NNW que aparecem com menor frequência.
s-176 Estas direções controlam as drenagens presentes na região.
s-177 Cada direção principal foi sobreposta ao mapa geológico da região de modo a auxiliar nas interpretações (Figuras 15 a 18), juntamente com o respectivo diagrama de rosetas.
s-178 Os lineamentos de direção NE-SW podem estar correlacionados com as zonas de cisalhamento, foliações e contatos litológicos das rochas pré-cambrianas.
s-179 Esta direção também é bem marcante nas rochas pertencentes à Bacia do Paraná (Figura 15).
s-180 Da região de Florianópolis para o sul os traços de direção NNE-SSW estão associados com enxames de diques.
s-181 Outras estruturas que estão associadas a estas direções são os diques de diabásio com elevada frequência próximo ao Arco de Ponta Grossa.
s-182 Esta direção também é muito predominante na Bacia do Paraná (Figura 16).
s-183 Como é possível visualizar no diagrama de rosetas de frequentes absoluta para todos os lineamentos traçados, a direção NNW-SSE e NNE-SSW são mais frequentes que as direções E-W, as direções anteriormente citadas apresentam continuidade bem marcante (Figuras 17 e 18).
s-184 De modo geral, em todas as Figuras interpretadas é possível perceber o forte controle estrutural NNW-SSE e ENE-WSW do contato das rochas sedimentares da bacia do Paraná (mesozóicas e paleozóicas) e destas com os terrenos pré-cambrianos.
s-185 6.2 Integração de mapa aeromagnetométrico
s-186 No mapa aeromagnetométrico (Figura 19) os lineamentos encontrados na porção onshore possuem direções NE-SW, NNE-SSW, NW-SE, WNW-ESE e ENE-WSW.
s-187 Na porção offshore a direção preferencial dos lineamentos é NE-SW, podendo estar relacionada com intrusão de diques, a Zona de Falha do Rio Grande e/ou linhas de charneira (Figura 19); direções NW-SE também são encontradas, relacionadas com o Feixe de Lineamentos Guapiara e Don Jerônimo-Curiúva.
s-188 No continente os lineamentos possuem direção preferencial NE-SW e localmente NW-SE.
s-189 A última direção relaciona-se com o enxame de diques, constituindo o Feixe de Lineamentos Guapiara e Don Jerônimo-Curiúva, (Figura 19).
s-190 Na porção NE, os lineamentos das direções NE-SW estão relacionados com falhas, zonas de cisalhamento e/ou contatos geológicos de rochas pré-cambrianas.
s-191 Na porção centro sul, próximo à cidade de Florianópolis, os lineamentos de direção NE-SW devem estar acentuados pela presença de diques.
s-192 Como é possível visualizar na Figura 19.
s-193 6.3 Integração de mapa gravimétrico
s-194 Através da análise do mapa de anomalias Bouguer foram observadas estruturas com direções dominantes NW-SE e NE-SW além de direções WNW-ESE de menor freqüência.
s-195 As direções NW-SE estão associadas ao enxame de diques pertencentes ao feixe de lineamentos Guapiara e Don Jerônimo-Curiúva (Figura 20, lineamentos 1 e 2).
s-196 Além destes dois feixes a direção NW-SE está correlacionada ao Lineamento Tibagi.
s-197 O Lineamento Tibagi corresponde a um feixe que apresenta continuidade em profundidade (Figura 20 lineamento 4), separando altos e baixos gravimétricos alinhados.
s-198 Na região próxima ao Arco de Ponta Grossa e Lineamento Tibagi uma elevada anomalia gravimétrica (Figura 20, região dos lineamentos 1 e 2), associada com a intrusão dos diques basálticos e intrusivas de diferentes idades.
s-199 As regiões com menores valores gravimétricos estão associadas com as rochas sedimentares da área, correspondendo à região do Lineamento Tibagi.
s-200 O Sinclinal de Torres não foi identificado no mapa.

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