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Universal Dependencies - Portuguese - PetroGold

LanguagePortuguese
ProjectPetroGold
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Annotationde Souza, Elvis; Freitas, Cláudia; Silveira, Aline; Cavalcanti, Tatiana; Castro, Maria Clara; Evelyn, Wograine

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1. - INTRODUÇÃO
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1. - INTRODUÇÃO
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Na indústria do petróleo a geração de resíduos nocivos ao meio ambiente é um fato inevitável.
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Na indústria do petróleo a geração de resíduos nocivos ao meio ambiente é um fato inevitável.
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Mesmo com o atual avanço tecnológico existe uma grande dificuldade para tratar estes resíduos, logo se faz necessário desenvolver e aprimorar os atuais processos de tratamento.
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Mesmo com o atual avanço tecnológico existe uma grande dificuldade para tratar estes resíduos, logo se faz necessário desenvolver e aprimorar os atuais processos de tratamento.
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Diante deste contexto podemos destacar a quantidade de águas residuais geradas em todas as etapas do processo, desde a produção do óleo até o seu refino, principalmente, no que diz respeito àquela produzida juntamente com o petróleo, que apresenta alto teor de óleo e metais dissolvidos.
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391-20160914-MONOGRAFIA_0-4
Diante deste contexto podemos destacar a quantidade de águas residuais geradas em todas as etapas do processo, desde a produção do óleo até o seu refino, principalmente, no que diz respeito àquela produzida juntamente com o petróleo, que apresenta alto teor de óleo e metais dissolvidos.
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A quantidade dessa água de produção, no processo de exploração de petróleo, dependerá das características dos mecanismos naturais ou artificiais de produção, e das características de composição das rochas reservatórios (NUNES, 2009).
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391-20160914-MONOGRAFIA_0-5
A quantidade dessa água de produção, no processo de exploração de petróleo, dependerá das características dos mecanismos naturais ou artificiais de produção, e das características de composição das rochas reservatórios (NUNES, 2009).
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A água produzida (AP) é a água aprisionada nas formações subterrâneas que é trazida à superfície juntamente com petróleo e o gás durante as atividades de produção desses fluidos.
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A água produzida (AP) é a água aprisionada nas formações subterrâneas que é trazida à superfície juntamente com petróleo e o gás durante as atividades de produção desses fluidos.
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Entre os aspectos da AP que merecem atenção estão os seus elevados volumes e a complexidade da sua composição.
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Entre os aspectos da AP que merecem atenção estão os seus elevados volumes e a complexidade da sua composição.
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Esses aspectos fazem com que o gerenciamento da AP necessite de cuidados específicos, não apenas relacionados com aspectos técnicos e operacionais, mas também ambientais.
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Esses aspectos fazem com que o gerenciamento da AP necessite de cuidados específicos, não apenas relacionados com aspectos técnicos e operacionais, mas também ambientais.
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Como consequência, o gerenciamento da AP resulta em custos consideravelmente elevados e que representam um percentual significativo dos custos de produção (AMINI et al., 2012).
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Como consequência, o gerenciamento da AP resulta em custos consideravelmente elevados e que representam um percentual significativo dos custos de produção (AMINI et al., 2012).
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Ao longo da exploração de petróleo em jazidas em terra (onshore) ou no mar (offshore), existe geração concomitante de um efluente aquoso, denominado água produzida, que representa a maior corrente de resíduo na produção do óleo cru.
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391-20160914-MONOGRAFIA_0-10
Ao longo da exploração de petróleo em jazidas em terra (onshore) ou no mar (offshore), existe geração concomitante de um efluente aquoso, denominado água produzida, que representa a maior corrente de resíduo na produção do óleo cru.
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Para manter as condições de pressão na rocha-reservatório, condição para a migração do petróleo para os poços, principalmente em áreas offshore, normalmente é efetuada uma operação de injeção de águas nas camadas inferiores do reservatório.
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391-20160914-MONOGRAFIA_0-11
Para manter as condições de pressão na rocha-reservatório, condição para a migração do petróleo para os poços, principalmente em áreas offshore, normalmente é efetuada uma operação de injeção de águas nas camadas inferiores do reservatório.
[12] tree
A quantidade de água produzida associada com o óleo varia muito, podendo alcançar valores da ordem de 50% em volume ou até mesmo próxima a 100% ao fim da vida econômica dos poços (OLIVEIRA, 2012).
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391-20160914-MONOGRAFIA_0-12
A quantidade de água produzida associada com o óleo varia muito, podendo alcançar valores da ordem de 50% em volume ou até mesmo próxima a 100% ao fim da vida econômica dos poços (OLIVEIRA, 2012).
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Mediante necessidade, foram implantadas no Brasil leis referentes a crimes ambientais que responsabiliza o gerador do resíduo pela sua deposição final.
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Mediante necessidade, foram implantadas no Brasil leis referentes a crimes ambientais que responsabiliza o gerador do resíduo pela sua deposição final.
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Neste caso, um exemplo óbvio, seria a indústria de petróleo que libera altos volumes de água produzida; e as empresas e órgãos responsáveis tem que tratar e acondicionar de acordo com as leis, para evitarem possíveis impactos e até crimes ambientais.
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391-20160914-MONOGRAFIA_0-14
Neste caso, um exemplo óbvio, seria a indústria de petróleo que libera altos volumes de água produzida; e as empresas e órgãos responsáveis tem que tratar e acondicionar de acordo com as leis, para evitarem possíveis impactos e até crimes ambientais.
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O controle do descarte dessas águas são realizadas através de análises do tipo teor de óleos e graxa (TOG), que consiste em um dos parâmetros ambientais de maior relevância para a indústria de petróleo.
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391-20160914-MONOGRAFIA_0-15
O controle do descarte dessas águas são realizadas através de análises do tipo teor de óleos e graxa (TOG), que consiste em um dos parâmetros ambientais de maior relevância para a indústria de petróleo.
[16] tree
Existem diferentes métodos para a determinação do teor de óleos e graxas, mas ao longo deste trabalho usaremos o método de espectrofotometria, sendo um dos mais utilizados dentre as análises quantitativa para se determinar concentrações de substâncias em soluções.
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391-20160914-MONOGRAFIA_0-16
Existem diferentes métodos para a determinação do teor de óleos e graxas, mas ao longo deste trabalho usaremos o método de espectrofotometria, sendo um dos mais utilizados dentre as análises quantitativa para se determinar concentrações de substâncias em soluções.
[17] tree
A Resolução 393 de agosto de 2007 do Conama, estabelece os seguintes limites para o parâmetro (TOG), o descarte de água produzida em plataforma devem obedecer à concentração média aritmética simples mensal de óleos e graxas de até 29 mg/L, com valor máximo diário de 42 mg/L.
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391-20160914-MONOGRAFIA_0-17
A Resolução 393 de agosto de 2007 do Conama, estabelece os seguintes limites para o parâmetro (TOG), o descarte de água produzida em plataforma devem obedecer à concentração média aritmética simples mensal de óleos e graxas de até 29 mg/L, com valor máximo diário de 42 mg/L.
[18] tree
Para o tratamento da água produzida propõe-se a utilização de alguns tensoativos, que são moléculas cuja estrutura química contém grupos com afinidades distintas e interligadas, ou seja: uma cabeça polar ou hidrofílica ligada a uma cauda apolar ou hidrofóbica (MITTAL, 1979 apud CURBELO, 2006).
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391-20160914-MONOGRAFIA_0-18
Para o tratamento da água produzida propõe-se a utilização de alguns tensoativos, que são moléculas cuja estrutura química contém grupos com afinidades distintas e interligadas, ou seja: uma cabeça polar ou hidrofílica ligada a uma cauda apolar ou hidrofóbica (MITTAL, 1979 apud CURBELO, 2006).
[19] tree
Com tantos estudos até hoje, relacionados aos possíveis métodos de recuperação dessas águas produzidas, como floculação a ar, hidrociclones, separadores gravitacionais entre outros.
s-19
391-20160914-MONOGRAFIA_0-19
Com tantos estudos até hoje, relacionados aos possíveis métodos de recuperação dessas águas produzidas, como floculação a ar, hidrociclones, separadores gravitacionais entre outros.
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Este trabalho tem como objetivo utilizar tensoativos não iônicos no tratamento de águas produzidas e avaliar a eficiência da remoção de óleo pelo tensoativo.
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391-20160914-MONOGRAFIA_0-20
Este trabalho tem como objetivo utilizar tensoativos não iônicos no tratamento de águas produzidas e avaliar a eficiência da remoção de óleo pelo tensoativo.
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2. - REFERENCIAL TEÓRICO
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2. - REFERENCIAL TEÓRICO
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2.1. Tensoativos
s-22
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2.1. Tensoativos
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Os tensoativos são moléculas cuja estrutura química contém grupos com afinidades diferentes e interligados, sendo uma parte polar hidrofílica ligada à outra parte apolar hidrofóbica.
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391-20160914-MONOGRAFIA_0-23
Os tensoativos são moléculas cuja estrutura química contém grupos com afinidades diferentes e interligados, sendo uma parte polar hidrofílica ligada à outra parte apolar hidrofóbica.
[24] tree
A representação esquemática de um tensoativo pode ser visualizada conforme Figura 1.
s-24
391-20160914-MONOGRAFIA_0-24
A representação esquemática de um tensoativo pode ser visualizada conforme Figura 1.
[25] tree
A presença na mesma molécula de duas regiões com afinidades diferentes caracteriza o termo anfifílico (Mittal, 1979).
s-25
391-20160914-MONOGRAFIA_0-25
A presença na mesma molécula de duas regiões com afinidades diferentes caracteriza o termo anfifílico (Mittal, 1979).
[26] tree
O termo interface indica o limite entre duas fases imiscíveis, enquanto o termo superfície denota a interface onde uma das fases é um gás, usualmente o ar (DELNUNZLO, 1990; ROSEN, 1978).
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O termo interface indica o limite entre duas fases imiscíveis, enquanto o termo superfície denota a interface onde uma das fases é um gás, usualmente o ar (DELNUNZLO, 1990; ROSEN, 1978).
[27] tree
Os tensoativos podem ser classificados de acordo com a natureza do grupo hidrofílico em: iônicos (catiônicos, aniônicos e anfóteros) e não-iônicos.
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Os tensoativos podem ser classificados de acordo com a natureza do grupo hidrofílico em: iônicos (catiônicos, aniônicos e anfóteros) e não-iônicos.
[28] tree
2.1.1.
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2.1.1.
[29] tree
Tipos de tensoativos
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Tipos de tensoativos
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2.1.1.1.
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2.1.1.1.
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Tensoativos catiônicos
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Tensoativos catiônicos
[32] tree
Os tensoativos catiônicos são aqueles que, em solução aquosa, apresentam um ou vários grupos ionizáveis que produzem íons carregados positivamente na superfície ativa.
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Os tensoativos catiônicos são aqueles que, em solução aquosa, apresentam um ou vários grupos ionizáveis que produzem íons carregados positivamente na superfície ativa.
[33] tree
Estes tensoativos são normalmente utilizados para tratamento de água, formulação de desinfetantes, cosméticos e amaciantes devido a sua efetiva ação microbiológica.
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Estes tensoativos são normalmente utilizados para tratamento de água, formulação de desinfetantes, cosméticos e amaciantes devido a sua efetiva ação microbiológica.
[34] tree
Como exemplo deste tipo de tensoativo pode-se citar os sais quaternários de amônio de cadeia longa (FLORÊNCIO, 1995).
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Como exemplo deste tipo de tensoativo pode-se citar os sais quaternários de amônio de cadeia longa (FLORÊNCIO, 1995).
[35] tree
2.1.1.2. Tensoativos aniônicos
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391-20160914-MONOGRAFIA_0-36
2.1.1.2. Tensoativos aniônicos
[36] tree
Os tensoativos aniônicos são aqueles que, em solução aquosa, apresentam um ou vários grupos ionizáveis que produzem íons carregados negativamente na superfície ativa.
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391-20160914-MONOGRAFIA_0-37
Os tensoativos aniônicos são aqueles que, em solução aquosa, apresentam um ou vários grupos ionizáveis que produzem íons carregados negativamente na superfície ativa.
[37] tree
Os tensoativos mais difundidos deste grupo são os sabões, compostos sulfonados e os sulfatados (FLORÊNCIO, 1995).
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Os tensoativos mais difundidos deste grupo são os sabões, compostos sulfonados e os sulfatados (FLORÊNCIO, 1995).
[38] tree
2.1.1.3. Tensoativos anfóteros
s-38
391-20160914-MONOGRAFIA_0-39
2.1.1.3. Tensoativos anfóteros
[39] tree
Os tensoativos anfóteros apresentam, em sua estrutura, tanto o radical ácido como o radical básico.
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391-20160914-MONOGRAFIA_0-40
Os tensoativos anfóteros apresentam, em sua estrutura, tanto o radical ácido como o radical básico.
[40] tree
Esse composto, quando em solução aquosa, exibe características aniônicas, catiônicas ou não iônicas dependendo das condições de pH da solução (MOURA, 1997).
s-40
391-20160914-MONOGRAFIA_0-41
Esse composto, quando em solução aquosa, exibe características aniônicas, catiônicas ou não iônicas dependendo das condições de pH da solução (MOURA, 1997).
[41] tree
pH < 4 atua como catiônicos
s-41
391-20160914-MONOGRAFIA_0-42
pH < 4 → atua como catiônicos
[42] tree
pH de 4 a 9 não iônicos pH de 9 a 10 atua como aniônicos
s-42
391-20160914-MONOGRAFIA_0-43
pH de 4 a 9 → não iônicos pH de 9 a 10 → atua como aniônicos
[43] tree
Os exemplos mais importantes deste tipo de tensoativo são as alquilbetaínas e os alquilsulfobetainas (FLORÊNCIO, 1995).
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Os exemplos mais importantes deste tipo de tensoativo são as alquilbetaínas e os alquilsulfobetainas (FLORÊNCIO, 1995).
[44] tree
2.1.1.4. Tensoativos não-iônicos
s-44
391-20160914-MONOGRAFIA_0-45
2.1.1.4. Tensoativos não-iônicos
[45] tree
Esta classe de tensoativos, conforme Figura 2, é constituída por substâncias cujas moléculas não se dissociam em solução aquosa e sua hidrofilia vem de grupos tipo éster, R-OR, álcool, R-OH, carbonil, RCOR, ou mesmo aminas, R-NH-R, na sua estrutura (DE LA SALLES, 2000).
s-45
391-20160914-MONOGRAFIA_0-46
Esta classe de tensoativos, conforme Figura 2, é constituída por substâncias cujas moléculas não se dissociam em solução aquosa e sua hidrofilia vem de grupos tipo éster, R-OR, álcool, R-OH, carbonil, RCOR, ou mesmo aminas, R-NH-R, na sua estrutura (DE LA SALLES, 2000).
[46] tree
Os tensoativos não-iônicos apresentam características bem particulares, pois são compatíveis quimicamente com a grande maioria dos demais tensoativos e suas propriedades são pouco afetadas pela variação de pH.
s-46
391-20160914-MONOGRAFIA_0-47
Os tensoativos não-iônicos apresentam características bem particulares, pois são compatíveis quimicamente com a grande maioria dos demais tensoativos e suas propriedades são pouco afetadas pela variação de pH.
[47] tree
Estes aspectos combinados aumentam consideravelmente as suas possibilidades de aplicação, tornando-os bastante atrativos industrialmente tais como: cosméticos, detergentes, produtos farmacêuticos, flotação de minérios e extração (DE LA SALLES, 2000).
s-47
391-20160914-MONOGRAFIA_0-48
Estes aspectos combinados aumentam consideravelmente as suas possibilidades de aplicação, tornando-os bastante atrativos industrialmente tais como: cosméticos, detergentes, produtos farmacêuticos, flotação de minérios e extração (DE LA SALLES, 2000).
[48] tree
2.1.2.
s-48
391-20160914-MONOGRAFIA_0-49
2.1.2.
[49] tree
Propriedades dos tensoativos
s-49
391-20160914-MONOGRAFIA_0-50
Propriedades dos tensoativos
[50] tree
Os tensoativos possuem propriedades que lhes conferem características importantes.
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391-20160914-MONOGRAFIA_0-51
Os tensoativos possuem propriedades que lhes conferem características importantes.
[51] tree
A seguir será feita uma breve descrição de algumas destas propriedades.
s-51
391-20160914-MONOGRAFIA_0-52
A seguir será feita uma breve descrição de algumas destas propriedades.
[52] tree
2.1.2.1. Micelização
s-52
391-20160914-MONOGRAFIA_0-53
2.1.2.1. Micelização
[53] tree
As micelas são agregados moleculares, de tamanho coloidal, em equilíbrio com as moléculas de monômeros das quais são formadas (DELNUNZLO, 1990).
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391-20160914-MONOGRAFIA_0-54
As micelas são agregados moleculares, de tamanho coloidal, em equilíbrio com as moléculas de monômeros das quais são formadas (DELNUNZLO, 1990).
[54] tree
Em soluções aquosas os monômeros de tensoativos orientam-se preferencialmente na interface, de modo que as cabeças polares estejam direcionadas para a solução e as caudas apolares orientadas para o ar, reduzindo a tensão superficial.
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391-20160914-MONOGRAFIA_0-55
Em soluções aquosas os monômeros de tensoativos orientam-se preferencialmente na interface, de modo que as cabeças polares estejam direcionadas para a solução e as caudas apolares orientadas para o ar, reduzindo a tensão superficial.
[55] tree
A concentração em que ocorre a micelização, numa dada temperatura, é denominada concentração micelar crítica, ou simplesmente cmc, que é uma característica de cada tensoativo.
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391-20160914-MONOGRAFIA_0-57
A concentração em que ocorre a micelização, numa dada temperatura, é denominada concentração micelar crítica, ou simplesmente cmc, que é uma característica de cada tensoativo.
[56] tree
A natureza do solvente em que os tensoativos estão presentes caracteriza a existência de dois tipos de micelas: as micelas diretas e as micelas inversas.
s-56
391-20160914-MONOGRAFIA_0-58
A natureza do solvente em que os tensoativos estão presentes caracteriza a existência de dois tipos de micelas: as micelas diretas e as micelas inversas.
[57] tree
Em meio a presença de solventes polares inicia-se o processo de formação das micelas diretas, que encontram-se agrupadas da seguinte forma: a cabeça do tensoativo que detém de características polares encontra-se voltada para o meio polar (diluente) e a cauda, devido as suas características apolares fica voltada para o centro (meio apolar).
s-57
391-20160914-MONOGRAFIA_0-59
Em meio a presença de solventes polares inicia-se o processo de formação das micelas diretas, que encontram-se agrupadas da seguinte forma: a cabeça do tensoativo que detém de características polares encontra-se voltada para o meio polar (diluente) e a cauda, devido as suas características apolares fica voltada para o centro (meio apolar).
[58] tree
Como o próprio nome diz as micelas inversas tem comportamento contrário as diretas, formando-se em solventes apolares com as cabeças hidrofílicas voltadas para o centro e cercadas pelas caudas hidrofóbicas, como mostra a Figura 3.
s-58
391-20160914-MONOGRAFIA_0-60
Como o próprio nome já diz as micelas inversas tem comportamento contrário as diretas, formando-se em solventes apolares com as cabeças hidrofílicas voltadas para o centro e cercadas pelas caudas hidrofóbicas, como mostra a Figura 3.
[59] tree
Fonte: Florêncio, 1995.
s-59
391-20160914-MONOGRAFIA_0-61
Fonte: Florêncio, 1995.
[60] tree
2.1.2.2. Concentração micelar crítica (cmc)
s-60
391-20160914-MONOGRAFIA_0-62
2.1.2.2. Concentração micelar crítica (cmc)
[61] tree
A cmc é a concentração a partir da qual os tensoativos iniciam o processo de micelização.
s-61
391-20160914-MONOGRAFIA_0-63
A cmc é a concentração a partir da qual os tensoativos iniciam o processo de micelização.
[62] tree
A concentração micelar crítica é influenciada, de modo particular, basicamente por três fatores: a natureza do tensoativo, a temperatura e a força iônica.
s-62
391-20160914-MONOGRAFIA_0-64
A concentração micelar crítica é influenciada, de modo particular, basicamente por três fatores: a natureza do tensoativo, a temperatura e a força iônica.
[63] tree
A cmc é detectada experimentalmente através da descontinuidade no comportamento de algumas propriedades físico-químicas da solução em função da concentração do tensoativo, como: detergência, condutividade, tensão superficial, pressão osmótica, tensão interfacial, entre outras.
s-63
391-20160914-MONOGRAFIA_0-65
A cmc é detectada experimentalmente através da descontinuidade no comportamento de algumas propriedades físico-químicas da solução em função da concentração do tensoativo, como: detergência, condutividade, tensão superficial, pressão osmótica, tensão interfacial, entre outras.
[64] tree
2.1.2.3. Adsorção as Interfaces
s-64
391-20160914-MONOGRAFIA_0-66
2.1.2.3. Adsorção as Interfaces
[65] tree
Este fenômeno é responsável por algumas características e propriedades dos tensoativos.
s-65
391-20160914-MONOGRAFIA_0-67
Este fenômeno é responsável por algumas características e propriedades dos tensoativos.
[66] tree
Os tensoativos, quando dissolvidos em água, formam um filme na superfície do líquido, concentrando-se , portanto, nessa região, reduzindo a tensão interfacial ou superficial da água até que a interface seja completamente saturada com moléculas de tensoativos.
s-66
391-20160914-MONOGRAFIA_0-68
Os tensoativos, quando dissolvidos em água, formam um filme na superfície do líquido, concentrando-se, portanto, nessa região, reduzindo a tensão interfacial ou superficial da água até que a interface seja completamente saturada com moléculas de tensoativos.
[67] tree
2.1.2.4. Balanço Hidrofílico-Lipofílico (BHL)
s-67
391-20160914-MONOGRAFIA_0-69
2.1.2.4. Balanço Hidrofílico-Lipofílico (BHL)
[68] tree
O Balanço Hidrofílico-Lipofílico (BHL) é uma propriedade característica de cada tensoativo.
s-68
391-20160914-MONOGRAFIA_0-70
O Balanço Hidrofílico-Lipofílico (BHL) é uma propriedade característica de cada tensoativo.
[69] tree
Foi introduzido por Griffin (1949) para selecionar o tensoativo adequado para determinadas aplicações, tais como: flotação, emulsão, etc.
s-69
391-20160914-MONOGRAFIA_0-71
Foi introduzido por Griffin (1949) para selecionar o tensoativo adequado para determinadas aplicações, tais como: flotação, emulsão, etc.
[70] tree
Devido ao sistema desenvolvido por Griffin, a seleção de um tensoativo (ou mistura de tensoativos) mais adequado para cada tipo de emulsão, ou seja, água em óleo (A/O) ou óleo em água (O/A) tornou-se mais simples e racional.
s-70
391-20160914-MONOGRAFIA_0-72
Devido ao sistema desenvolvido por Griffin, a seleção de um tensoativo (ou mistura de tensoativos) mais adequado para cada tipo de emulsão, ou seja, água em óleo (A/O) ou óleo em água (O/A) tornou-se mais simples e racional.
[71] tree
Nesse sistema, são atribuídos às substâncias tensoativas valores de BHL que variam de 1 a 18, aumentando estes à medida que a substância se torna mais hidrófila.
s-71
391-20160914-MONOGRAFIA_0-73
Nesse sistema, são atribuídos às substâncias tensoativas valores de BHL que variam de 1 a 18, aumentando estes à medida que a substância se torna mais hidrófila.
[72] tree
De acordo com a Figura 4, as substâncias de BHL muito baixo, portanto acentuadamente lipófilas, são agentes antiespumantes.
s-72
391-20160914-MONOGRAFIA_0-74
De acordo com a Figura 4, as substâncias de BHL muito baixo, portanto acentuadamente lipófilas, são agentes antiespumantes.
[73] tree
Aquelas cujo valor de BHL vai de 3 a 9, possuindo características de lipofilia, constituem os agentes emulsivos A/O, mas a partir de 8 os tensoativos começam a apresentar propriedades hidrófilas, as quais se acentuam com a subida do respectivo valor de BHL.
s-73
391-20160914-MONOGRAFIA_0-75
Aquelas cujo valor de BHL vai de 3 a 9, possuindo características de lipofilia, constituem os agentes emulsivos A/O, mas a partir de 8 os tensoativos começam a apresentar propriedades hidrófilas, as quais se acentuam com a subida do respectivo valor de BHL.
[74] tree
2.2. Petróleo
s-74
391-20160914-MONOGRAFIA_0-76
2.2. Petróleo
[75] tree
Também conhecido por óleo cru, o petróleo apresenta uma composição complexa e rica em compostos orgânicos como hidrocarbonetos cíclicos, aromáticos, parafinas e impurezas como o nitrogênio, o dióxido de carbono e o sulfeto de hidrogênio, que compõem não o petróleo, mas também o gás natural.
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391-20160914-MONOGRAFIA_0-77
Também conhecido por óleo cru, o petróleo apresenta uma composição complexa e rica em compostos orgânicos como hidrocarbonetos cíclicos, aromáticos, parafinas e impurezas como o nitrogênio, o dióxido de carbono e o sulfeto de hidrogênio, que compõem não só o petróleo, mas também o gás natural.
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Quase nunca se faz possível realizar-se uma análise completa do petróleo devido a sua alta complexidade na sua composição.
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Quase nunca se faz possível realizar-se uma análise completa do petróleo devido a sua alta complexidade na sua composição.
[77] tree
Indispensável à sociedade moderna, o petróleo é uma das substâncias mais utilizadas nos dias atuais como principal fonte de energia.
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Indispensável à sociedade moderna, o petróleo é uma das substâncias mais utilizadas nos dias atuais como principal fonte de energia.
[78] tree
A palavra petróleo é originada do latim petra (pedra) e oleum (óleo), o petróleo no estado líquido é uma substância oleosa, inflamável, menos densa que a água, com cheiro característico e cor variando entre o negro e o castanho-claro.
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A palavra petróleo é originada do latim petra (pedra) e oleum (óleo), o petróleo no estado líquido é uma substância oleosa, inflamável, menos densa que a água, com cheiro característico e cor variando entre o negro e o castanho-claro.
[79] tree
O petróleo é constituído, basicamente, por uma mistura de compostos químicos orgânicos (hidrocarbonetos).
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O petróleo é constituído, basicamente, por uma mistura de compostos químicos orgânicos (hidrocarbonetos).
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Quando a mistura contém uma maior porcentagem de moléculas pequenas seu estado físico é gasoso e quando a mistura contém moléculas maiores seu estado físico é líquido, nas condições normais de temperatura e pressão (THOMAS, 2001).
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Quando a mistura contém uma maior porcentagem de moléculas pequenas seu estado físico é gasoso e quando a mistura contém moléculas maiores seu estado físico é líquido, nas condições normais de temperatura e pressão (THOMAS, 2001).
[81] tree
O petróleo é um produto da decomposição da matéria orgânica armazenada em sedimentos, que migra através de aquíferos e fica aprisionado em reservatórios.
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O petróleo é um produto da decomposição da matéria orgânica armazenada em sedimentos, que migra através de aquíferos e fica aprisionado em reservatórios.
[82] tree
O sedimento no qual a matéria orgânica se acumula, é rico em minerais de argila, enquanto que a maioria das camadas dos terrenos sedimentares que constituem campos de petróleo ou gás é de arenito (consistindo de grãos de quartzo), de calcários dolomíticos (consistindo de minerais carbonáticos) e rochas muito fraturadas de outras espécies.
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O sedimento no qual a matéria orgânica se acumula, é rico em minerais de argila, enquanto que a maioria das camadas dos terrenos sedimentares que constituem campos de petróleo ou gás é de arenito (consistindo de grãos de quartzo), de calcários dolomíticos (consistindo de minerais carbonáticos) e rochas muito fraturadas de outras espécies.
[83] tree
Como por exemplo, no campo de Carmopólis, em Sergipe Brasil, petróleo encontrado nas rochas ígneas do embasamento fraturado (CORRÊA, 2003).
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Como por exemplo, no campo de Carmopólis, em Sergipe – Brasil, há petróleo encontrado nas rochas ígneas do embasamento fraturado (CORRÊA, 2003).
[84] tree
Além da matéria orgânica, as rochas sedimentares também têm suma importância na geração do petróleo, principalmente pelo acúmulo de fragmentos de outros minerais e detritos orgânicos, e que, quando se encontra num ambiente de pouca permeabilidade o que inibe a ação de água circulante e diminui a quantidade de oxigênio existente criam as condições necessárias para a formação do petróleo.
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Além da matéria orgânica, as rochas sedimentares também têm suma importância na geração do petróleo, principalmente pelo acúmulo de fragmentos de outros minerais e detritos orgânicos, e que, quando se encontra num ambiente de pouca permeabilidade – o que inibe a ação de água circulante e diminui a quantidade de oxigênio existente – criam as condições necessárias para a formação do petróleo.
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Esse tipo de rocha é chamado de rocha geradora (CARDOSO, 2005).
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Esse tipo de rocha é chamado de rocha geradora (CARDOSO, 2005).
[86] tree
Matéria-prima da indústria petroquímica e de origem fóssil, o petróleo é considerado uma fonte de energia não renovável e na forma bruta possui em sua composição uma série de hidrocarbonetos, cujas frações leves formam os gases e as frações pesadas, o óleo cru.
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Matéria-prima da indústria petroquímica e de origem fóssil, o petróleo é considerado uma fonte de energia não renovável e na forma bruta possui em sua composição uma série de hidrocarbonetos, cujas frações leves formam os gases e as frações pesadas, o óleo cru.
[87] tree
Os diversos tipos de petróleo existentes no mundo são definidos de acordos com os percentuais de frações leves ou pesadas presentes em sua composição.
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Os diversos tipos de petróleo existentes no mundo são definidos de acordos com os percentuais de frações leves ou pesadas presentes em sua composição.
[88] tree
Os reservatórios, cujos mecanismos são pouco eficientes e que por consequência retêm grandes quantidades de hidrocarbonetos após a exaustão da sua energia natural, são fortes candidatos ao emprego de uma série de processos que visam à obtenção de uma recuperação adicional.
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Os reservatórios, cujos mecanismos são pouco eficientes e que por consequência retêm grandes quantidades de hidrocarbonetos após a exaustão da sua energia natural, são fortes candidatos ao emprego de uma série de processos que visam à obtenção de uma recuperação adicional.
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Esses processos são chamados de Métodos de Recuperação que, de uma maneira geral, tentam interferir nas características do reservatório que favorecem a retenção exagerada de óleo (SOUZA, 2001).
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Esses processos são chamados de Métodos de Recuperação que, de uma maneira geral, tentam interferir nas características do reservatório que favorecem a retenção exagerada de óleo (SOUZA, 2001).
[90] tree
2.3. Água produzida
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2.3. Água produzida
[91] tree
A água produzida é uma mistura de materiais orgânicos e inorgânicos.
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A água produzida é uma mistura de materiais orgânicos e inorgânicos.
[92] tree
Alguns fatores como localização geológica do campo, tempo de vida, formação dos seus reservatórios e do tipo de hidrocarboneto sendo produzido, podem afetar as características físicas e químicas da água produzida.
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Alguns fatores como localização geológica do campo, tempo de vida, formação dos seus reservatórios e do tipo de hidrocarboneto sendo produzido, podem afetar as características físicas e químicas da água produzida.
[93] tree
Suas características dependem da natureza, formação e armazenamento a partir do qual elas são retiradas, as condições operacionais, e produtos químicos utilizados em instalações de processo.
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Suas características dependem da natureza, formação e armazenamento a partir do qual elas são retiradas, as condições operacionais, e produtos químicos utilizados em instalações de processo.
[94] tree
No entanto, a composição da água produzida é qualitativamente semelhante à produção de petróleo e/ou gás.
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No entanto, a composição da água produzida é qualitativamente semelhante à produção de petróleo e/ou gás.
[95] tree
Os principais compostos da água produzida incluem ( TELLEZ et al. , 2002 ) : Compostos do petróleo dispersos e dissolvidos ; Minerais dissolvidos ; Substâncias químicas ; Sólidos ( incluindo a formação de sólidos , corrosão e produtos de escala , bactérias , ceras e asfaltenos ) ; Gases dissolvidos .
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Os principais compostos da água produzida incluem ( TELLEZ et al. , 2002 ) :  Compostos do petróleo dispersos e dissolvidos ;  Minerais dissolvidos ;  Substâncias químicas ;  Sólidos ( incluindo a formação de sólidos , corrosão e produtos de escala , bactérias , ceras e asfaltenos ) ;  Gases dissolvidos .
[96] tree
Associado as extrações de petróleo, obtém-se um subproduto indesejável conhecido como agua produzida, que tem esse nome em referência a produção de petróleo.
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Associado as extrações de petróleo, obtém-se um subproduto indesejável conhecido como agua produzida, que tem esse nome em referência a produção de petróleo.
[97] tree
Ela é gerada quando grandes quantidades de água contidas nas rochas subterrâneas são produzidas junto com o petróleo.
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391-20160914-MONOGRAFIA_0-99
Ela é gerada quando grandes quantidades de água contidas nas rochas subterrâneas são produzidas junto com o petróleo.
[98] tree
O tratamento do óleo produzido é executado com o objetivo de reduzir o teor de água a valores da ordem de 1% em volume e separa uma grande quantidade de água, contendo óleo e outros contaminantes.
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O tratamento do óleo produzido é executado com o objetivo de reduzir o teor de água a valores da ordem de 1% em volume e separa uma grande quantidade de água, contendo óleo e outros contaminantes.
[99] tree
Na indústria do petróleo, a mistura óleo/água (água oleosa) ocorre nos estágios de produção, transporte e refino, bem como durante a utilização de seus derivados.
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Na indústria do petróleo, a mistura óleo/água (água oleosa) ocorre nos estágios de produção, transporte e refino, bem como durante a utilização de seus derivados.
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No estágio de produção, as águas oleosas provêm da água de formação extraída simultaneamente com o petróleo.
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No estágio de produção, as águas oleosas provêm da água de formação extraída simultaneamente com o petróleo.

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