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CAPÍTULO I
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CAPÍTULO I
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INTRODUÇÃO
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INTRODUÇÃO
Um grande problema que pode ocorrer durante a perfuração de poços de petróleo é o enceramento da broca ( bit balling ) .
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Um grande problema que pode ocorrer durante a perfuração de poços de petróleo é o enceramento da broca (bit balling).
Esse fenômeno é proveniente da grande afinidade que certas argilas , quando hidratadas , apresentam pelo metal da broca .
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Esse fenômeno é proveniente da grande afinidade que certas argilas, quando hidratadas, apresentam pelo metal da broca.
Alguns folhelhos , na presença de água , aderem à superfície do metal formando uma camada espessa ( enceramento ) que interfere no desempenho da broca .
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Alguns folhelhos, na presença de água, aderem à superfície do metal formando uma camada espessa (enceramento) que interfere no desempenho da broca.
Os folhelhos constituem , em média , 75 % das formações perfuradas ( OSISANYA , 1996 ) , sendo importante notar que não são todos os tipos de folhelhos que provocam o fenômeno mencionado acima .
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Os folhelhos constituem, em média, 75% das formações perfuradas (OSISANYA, 1996), sendo importante notar que não são todos os tipos de folhelhos que provocam o fenômeno mencionado acima.
A indústria de petróleo tem feito investimentos pesados em formulações de novos fluidos de perfuração que contornem os problemas relacionados à perfuração de folhelhos .
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A indústria de petróleo tem feito investimentos pesados em formulações de novos fluidos de perfuração que contornem os problemas relacionados à perfuração de folhelhos.
Dentre os inúmeros problemas , está o enceramento de broca ( bit balling ) .
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Dentre os inúmeros problemas, está o enceramento de broca (bit balling).
Os fluidos de perfuração são misturas complexas de sólidos , líquidos , produtos químicos e , por vezes até gases ( THOMAS , 2001 ) .
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Os fluidos de perfuração são misturas complexas de sólidos, líquidos, produtos químicos e, por vezes até gases (THOMAS, 2001).
Tais fluidos atuam no auxílio à penetração e no resfriamento da broca , e na remoção dos cascalhos gerados durante a perfuração , entre outras atuações .
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Tais fluidos atuam no auxílio à penetração e no resfriamento da broca, e na remoção dos cascalhos gerados durante a perfuração, entre outras atuações.
Os fluidos de perfuração são tradicionalmente classificados , de acordo com o seu constituinte principal , em fluidos à base de gás , fluidos de base orgânica e fluidos de base aquosa .
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Os fluidos de perfuração são tradicionalmente classificados, de acordo com o seu constituinte principal, em fluidos à base de gás, fluidos de base orgânica e fluidos de base aquosa.
Inicialmente , os fluidos de base orgânica eram constituídos de óleos minerais , mas devido à pressões ambientais estes óleos vem sendo substituídos por compostos orgânicos sintéticos .
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Inicialmente, os fluidos de base orgânica eram constituídos de óleos minerais, mas devido à pressões ambientais estes óleos vem sendo substituídos por compostos orgânicos sintéticos.
Esse tipo de fluido é aplicado em situações mais severas de perfuração .
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Esse tipo de fluido é aplicado em situações mais severas de perfuração.
Os fluidos à base de água são os utilizados na maioria das perfurações em todo o mundo , sendo considerados ecologicamente mais seguros ( AMORIM , 2005 ) .
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Os fluidos à base de água são os utilizados na maioria das perfurações em todo o mundo, sendo considerados ecologicamente mais seguros (AMORIM, 2005).
Nas décadas de 70 e 80 , eram usados , predominantemente , os fluidos a base de óleo , já que este sistema apresentava melhor desempenho a temperaturas mais elevadas e uma excelente lubricidade .
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Nas décadas de 70 e 80, eram usados, predominantemente, os fluidos a base de óleo, já que este sistema apresentava melhor desempenho a temperaturas mais elevadas e uma excelente lubricidade.
No entanto , a alta toxidade , e a não biodegradabilidade em conjunto com as crescentes novas leis ambientais , têm tornado o uso destes fluidos restrito à situações especiais ( CAENN , 1996 ) .
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No entanto, a alta toxidade, e a não biodegradabilidade em conjunto com as crescentes novas leis ambientais, têm tornado o uso destes fluidos restrito à situações especiais (CAENN, 1996).
O início da década de 90 foi marcado pelo grande interesse em se desenvolver fluidos a base de água , que fossem menos agressivos ao meio ambiente .
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O início da década de 90 foi marcado pelo grande interesse em se desenvolver fluidos a base de água, que fossem menos agressivos ao meio ambiente.
Daí surgiu a necessidade de se desenvolver inibidores da reatividade natural dos folhelhos , emulsificantes , lubrificantes e inibidores para o enceramento de broca ( bit balling ) .
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Daí surgiu a necessidade de se desenvolver inibidores da reatividade natural dos folhelhos, emulsificantes, lubrificantes e inibidores para o enceramento de broca (bit balling).
Entretanto , o enceramento de broca ainda é pouco estudado e consequentemente , existem poucos trabalhos disponíveis na literatura sobre o assunto .
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Entretanto, o enceramento de broca ainda é pouco estudado e consequentemente, existem poucos trabalhos disponíveis na literatura sobre o assunto.
Não existe ainda um modelo que contribua para uma melhor compreensão dos mecanismos relacionados com este fenômeno .
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Não existe ainda um modelo que contribua para uma melhor compreensão dos mecanismos relacionados com este fenômeno.
O objetivo deste trabalho foi desenvolver um ensaio capaz de identificar e caracterizar a ocorrência desse fenômeno .
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O objetivo deste trabalho foi desenvolver um ensaio capaz de identificar e caracterizar a ocorrência desse fenômeno.
Objetivou-se também estabelecer correlações entre as propriedades químicas e mineralógicas das argilas , e a capacidade destas de promoverem o enceramento de broca .
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Objetivou-se também estabelecer correlações entre as propriedades químicas e mineralógicas das argilas, e a capacidade destas de promoverem o enceramento de broca.
Também foi estudado o efeito de diversos inibidores de reatividade de folhelhos que apresentam afinidade pelo metal .
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Também foi estudado o efeito de diversos inibidores de reatividade de folhelhos que apresentam afinidade pelo metal.
CAPÍTULO II
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CAPÍTULO II
REVISÃO DA LITERATURA
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REVISÃO DA LITERATURA
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II.1-INTRODUÇÃO
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II.1-INTRODUÇÃO
Neste capítulo é apresentada uma revisão da literatura sobre o desenvolvimento de novos fluidos de perfuração para poços de petróleo .
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Neste capítulo é apresentada uma revisão da literatura sobre o desenvolvimento de novos fluidos de perfuração para poços de petróleo.
É apresentada também uma revisão que descreve as estruturas e propriedades dos argilominerais e suas interações com diferentes polímeros .
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É apresentada também uma revisão que descreve as estruturas e propriedades dos argilominerais e suas interações com diferentes polímeros.
Também são descritos os mecanismos de inibição de folhelhos propostos pela literatura para diferentes sistemas poliméricos .
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Também são descritos os mecanismos de inibição de folhelhos propostos pela literatura para diferentes sistemas poliméricos.
II.2-FLUIDOS DE PERFURAÇÃO PARA POÇOS DE PETRÓLEO
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II.2-FLUIDOS DE PERFURAÇÃO PARA POÇOS DE PETRÓLEO
II.2.1-Aspectos Gerais
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II.2.1-Aspectos Gerais
A lama para perfuração de poços de petróleo foi usada pela primeira vez nos Estados Unidos em 1883 , porém , só a partir do sucesso alcançado por Lucas , em 1901 , no Texas , é que os técnicos em perfuração dirigiram suas atenções para as vantagens do uso da lama nas sondas do tipo rotativo ( SANTOS , 1992 ) .
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A lama para perfuração de poços de petróleo foi usada pela primeira vez nos Estados Unidos em 1883, porém, só a partir do sucesso alcançado por Lucas, em 1901, no Texas, é que os técnicos em perfuração dirigiram suas atenções para as vantagens do uso da lama nas sondas do tipo rotativo (SANTOS, 1992).
Os fluidos de perfuração são misturas complexas de sólidos , líquidos , produtos químicos e , por vezes , até gases .
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Os fluidos de perfuração são misturas complexas de sólidos, líquidos, produtos químicos e, por vezes, até gases.
Os fluidos de perfuração devem ser especificados de forma a garantir uma perfuração rápida e segura .
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Os fluidos de perfuração devem ser especificados de forma a garantir uma perfuração rápida e segura.
Assim é desejável que o fluido apresente as seguintes características : ser estável quimicamente ; estabilizar as paredes do poço , mecânica e quimicamente ; facilitar a separação dos cascalhos na superfície ; manter os sólidos em suspensão durante a interrupção da perfuração ; não provocar danos às rochas produtoras ; apresentar baixo grau de corrosão e de abrasão em relação à coluna de perfuração e demais sistemas de circulação ; facilitar as interpretações geológicas do material retirado do poço ; apresentar custo compatível com a operação .
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Assim é desejável que o fluido apresente as seguintes características : ser estável quimicamente ; estabilizar as paredes do poço , mecânica e quimicamente ; facilitar a separação dos cascalhos na superfície ; manter os sólidos em suspensão durante a interrupção da perfuração ; não provocar danos às rochas produtoras ; apresentar baixo grau de corrosão e de abrasão em relação à coluna de perfuração e demais sistemas de circulação ; facilitar as interpretações geológicas do material retirado do poço ; apresentar custo compatível com a operação .
Os fluidos de perfuração possuem , basicamente , as seguintes funções ( também representadas na figura II.1 ) : limpar o fundo do poço dos cascalhos gerados pela broca e transporta- los até a superfície ; exercer pressão hidrostática sobre as formações , de modo a evitar o influxo de fluidos indesejáveis como água e gás ( kick ) e estabilizar as paredes do poço ; resfriar e lubrificar a coluna de perfuração e a broca .
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Os fluidos de perfuração possuem , basicamente , as seguintes funções ( também representadas na figura II.1 ) : limpar o fundo do poço dos cascalhos gerados pela broca e transporta- los até a superfície ; exercer pressão hidrostática sobre as formações , de modo a evitar o influxo de fluidos indesejáveis como água e gás ( kick ) e estabilizar as paredes do poço ; resfriar e lubrificar a coluna de perfuração e a broca .
O fluido circula num sistema fechado durante o processo , onde é bombeado pelo interior da coluna de perfuração , passando pela broca e retornando à superfície pelas laterais do poço .
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O fluido circula num sistema fechado durante o processo, onde é bombeado pelo interior da coluna de perfuração, passando pela broca e retornando à superfície pelas laterais do poço.
O condicionamento ou tratamento do fluido de perfuração ( Figura II.2 ) consiste na eliminação de sólidos ou gás que se incorporam a ele durante a perfuração e , quando necessário , na adição de produtos químicos para ajustes de suas propriedades .
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O condicionamento ou tratamento do fluido de perfuração (Figura II.2) consiste na eliminação de sólidos ou gás que se incorporam a ele durante a perfuração e, quando necessário, na adição de produtos químicos para ajustes de suas propriedades.
O primeiro equipamento é a peneira vibratória , que tem a função de separar os sólidos mais grosseiros do fluido de perfuração , tais como cascalhos e grãos maiores que areia .
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O primeiro equipamento é a peneira vibratória, que tem a função de separar os sólidos mais grosseiros do fluido de perfuração, tais como cascalhos e grãos maiores que areia.
Em seguida , o fluido passa por um conjunto de dois a quatro hidrociclones de 8 ” a 20 ” conhecidos como desareiadores , que são responsáveis por retirar a areia do fluido .
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Em seguida, o fluido passa por um conjunto de dois a quatro hidrociclones de 8” a 20” conhecidos como desareiadores, que são responsáveis por retirar a areia do fluido.
Parte deste material é descartado e parte retorna ao fluido , reduzindo os gastos com aditivos .
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24-20150122-MONOGRAFIA_0-45
Parte deste material é descartado e parte retorna ao fluido, reduzindo os gastos com aditivos.
Algumas sondas utilizam ainda uma centrífuga , que retira partículas ainda menores que não tenham sido descartadas pelos hidrociclones .
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Algumas sondas utilizam ainda uma centrífuga, que retira partículas ainda menores que não tenham sido descartadas pelos hidrociclones.
O fluido retorna então para os tanques de armazenamento onde , em geral , é feita uma correção em sua formulação , principalmente quando tiver ocorrido perda de componentes para a formação .
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O fluido retorna então para os tanques de armazenamento onde, em geral, é feita uma correção em sua formulação, principalmente quando tiver ocorrido perda de componentes para a formação.
A seguir , é novamente bombeado para o poço e o ciclo recomeça ( JUNIOR , 2005 ) .
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A seguir, é novamente bombeado para o poço e o ciclo recomeça (JUNIOR, 2005).
A Figura II.3 ilustra o processo .
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A Figura II.3 ilustra o processo.
Figura II.3 – Esquema simplificado do percurso realizado pelo fluido de perfuração .
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Figura II.3 – Esquema simplificado do percurso realizado pelo fluido de perfuração.
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htm
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htm
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II.2.2-Classificação
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II.2.2-Classificação
A classificação de um fluido de perfuração é feita em função de sua composição .
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A classificação de um fluido de perfuração é feita em função de sua composição.
Embora ocorram divergências , o principal critério se baseia no constituinte principal da fase contínua ou dispersante .
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Embora ocorram divergências, o principal critério se baseia no constituinte principal da fase contínua ou dispersante.
Neste critério , os fluidos são classificados em fluidos à base de água , fluidos à base de óleo e fluidos a base de ar ou de gás .
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Neste critério, os fluidos são classificados em fluidos à base de água, fluidos à base de óleo e fluidos a base de ar ou de gás.
A natureza das fases dispersantes e dispersa , bem como os componentes básicos e as suas quantidades definem não apenas o tipo de fluido , mas também as suas características e propriedades .
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A natureza das fases dispersantes e dispersa, bem como os componentes básicos e as suas quantidades definem não apenas o tipo de fluido, mas também as suas características e propriedades.
a ) Fluidos à base de água
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a) Fluidos à base de água
A definição de um fluido à base de água considera principalmente a natureza da água e os aditivos químicos empregados no preparo do fluido .
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A definição de um fluido à base de água considera principalmente a natureza da água e os aditivos químicos empregados no preparo do fluido.
A proporção entre os componentes básicos e as interações entre eles provoca sensíveis modificações nas propriedades físicas e químicas do fluido .
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24-20150122-MONOGRAFIA_0-61
A proporção entre os componentes básicos e as interações entre eles provoca sensíveis modificações nas propriedades físicas e químicas do fluido.
Consequentemente , a composição é o principal fator a se considerar para o controle das suas propriedades .
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24-20150122-MONOGRAFIA_0-62
Consequentemente, a composição é o principal fator a se considerar para o controle das suas propriedades.
principal fator a se considerar para o controle das suas propriedades .
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principal fator a se considerar para o controle das suas propriedades.
A água é a fase contínua e o principal componente de qualquer fluido à base de água , podendo ser doce , dura ou salgada .
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24-20150122-MONOGRAFIA_0-64
A água é a fase contínua e o principal componente de qualquer fluido à base de água, podendo ser doce, dura ou salgada.
A água doce , por definição , apresenta salinidade inferior a 1,000 ppm de NaCl equivalente .
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A água doce, por definição, apresenta salinidade inferior a 1,000 ppm de NaCl equivalente.
A água dura tem como características principais a presença de sais de cálcio e de magnésio dissolvidos , em concentrações suficientemente altas para alterar o desempenho dos aditivos químicos .
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24-20150122-MONOGRAFIA_0-67
A água dura tem como características principais a presença de sais de cálcio e de magnésio dissolvidos, em concentrações suficientemente altas para alterar o desempenho dos aditivos químicos.
A água salgada é aquela com salinidade superior a 1.000 ppm de NaCl equivalente e pode ser natural , como a água do mar , ou pode ser salgada com a adição de sais como NaCl , KCl ou CaCl2 .
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24-20150122-MONOGRAFIA_0-68
A água salgada é aquela com salinidade superior a 1.000 ppm de NaCl equivalente e pode ser natural, como a água do mar, ou pode ser salgada com a adição de sais como NaCl, KCl ou CaCl2.
A principal função da água é prover o meio de dispersão para os materiais coloidais .
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24-20150122-MONOGRAFIA_0-69
A principal função da água é prover o meio de dispersão para os materiais coloidais.
Estes , principalmente argilas e polímeros , controlam a viscosidade , limite de escoamento , forças géis e filtrado em valores adequados para conferir ao fluido uma capacidade de remoção dos sólidos perfurados a uma boa taxa e capacidade de estabilização das paredes do poço .
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Estes, principalmente argilas e polímeros, controlam a viscosidade, limite de escoamento, forças géis e filtrado em valores adequados para conferir ao fluido uma capacidade de remoção dos sólidos perfurados a uma boa taxa e capacidade de estabilização das paredes do poço.
Produtos químicos mais específicos , como anticorrosivos , traçadores químicos , antiespumantes , entre outros , também podem estar presentes .
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24-20150122-MONOGRAFIA_0-71
Produtos químicos mais específicos, como anticorrosivos, traçadores químicos, antiespumantes, entre outros, também podem estar presentes.
Os fluidos não-inibidos são empregados na perfuração das camadas rochosas superficiais , compostas na maioria das vezes de sedimentos não-consolidados .
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24-20150122-MONOGRAFIA_0-72
Os fluidos não-inibidos são empregados na perfuração das camadas rochosas superficiais, compostas na maioria das vezes de sedimentos não-consolidados.
Esta etapa termina com a descida do revestimento de superfície .
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24-20150122-MONOGRAFIA_0-73
Esta etapa termina com a descida do revestimento de superfície.
Como essas rochas superficiais são praticamente inertes ao contato com a água doce , o tratamento químico dispensado ao fluido durante esta fase , não é muito intenso .
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24-20150122-MONOGRAFIA_0-74
Como essas rochas superficiais são praticamente inertes ao contato com a água doce, o tratamento químico dispensado ao fluido durante esta fase, não é muito intenso.
Os fluidos inibidos são programados para perfurar rochas de elevado grau de reatividade na presença de água doce .
s-68
24-20150122-MONOGRAFIA_0-75
Os fluidos inibidos são programados para perfurar rochas de elevado grau de reatividade na presença de água doce.
Uma rocha é dita ativa quando interage quimicamente com a água , tornando-se plástica , expansível , dispersível ou até mesmo solúvel .
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24-20150122-MONOGRAFIA_0-76
Uma rocha é dita ativa quando interage quimicamente com a água, tornando-se plástica, expansível, dispersível ou até mesmo solúvel.
Nos fluidos inibidos são adicionados produtos químicos , tais como eletrólitos e/ou polímeros , que tem a propriedade de retardar ou diminuir estes efeitos .
s-70
24-20150122-MONOGRAFIA_0-77
Nos fluidos inibidos são adicionados produtos químicos, tais como eletrólitos e/ou polímeros, que tem a propriedade de retardar ou diminuir estes efeitos.
Esses aditivos são conhecidos como inibidores .
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Esses aditivos são conhecidos como inibidores.
Os inibidores físicos são adsorvidos sobre a superfície dos materiais das rochas e impedem o contato direto com a água .
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Os inibidores físicos são adsorvidos sobre a superfície dos materiais das rochas e impedem o contato direto com a água.
Outros produtos como a cal , os cloretos de potássio , de sódio e de cálcio , conferem uma inibição química , porque reduzem a atividade química da água e podem reagir com a rocha , alterando-lhe a composição .
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24-20150122-MONOGRAFIA_0-80
Outros produtos como a cal, os cloretos de potássio, de sódio e de cálcio, conferem uma inibição química, porque reduzem a atividade química da água e podem reagir com a rocha, alterando-lhe a composição.
Um exemplo típico de inibição é usado quando se perfura uma rocha salina .
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Um exemplo típico de inibição é usado quando se perfura uma rocha salina.
A rocha salina tem elevado grau de solubilidade em água doce , entretanto quando se emprega um fluido salgado saturado com NaCl como meio dispersante , a solubilidade fica reduzida .
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A rocha salina tem elevado grau de solubilidade em água doce, entretanto quando se emprega um fluido salgado saturado com NaCl como meio dispersante, a solubilidade fica reduzida.
Os fluidos à base de água com baixo teor de sólidos são usados para aumentar a taxa de penetração da broca , reduzindo o custo total da perfuração .
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24-20150122-MONOGRAFIA_0-83
Os fluidos à base de água com baixo teor de sólidos são usados para aumentar a taxa de penetração da broca, reduzindo o custo total da perfuração.
Já os emulsionados com óleo têm o objetivo principal de reduzir a densidade do sistema para evitar que ocorram perdas de circulação em zonas de baixa pressão de poros ou baixa pressão de fratura .
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Já os emulsionados com óleo têm o objetivo principal de reduzir a densidade do sistema para evitar que ocorram perdas de circulação em zonas de baixa pressão de poros ou baixa pressão de fratura.
b ) Fluidos à base de óleo
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b) Fluidos à base de óleo
Os fluidos de perfuração são à base de óleo quando a fase contínua ou dispersante é constituída por uma fase orgânica , podendo ser composta de hidrocarbonetos líquidos ou compostos orgânicos sintéticos como os ésteres .
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Os fluidos de perfuração são à base de óleo quando a fase contínua ou dispersante é constituída por uma fase orgânica, podendo ser composta de hidrocarbonetos líquidos ou compostos orgânicos sintéticos como os ésteres.
Pequenas gotículas de água o de solução aquosa constituem a fase descontínua desses fluidos .
s-80
24-20150122-MONOGRAFIA_0-87
Pequenas gotículas de água o de solução aquosa constituem a fase descontínua desses fluidos.
Estes fluidos podem ser emulsões água/óleo propriamente dita ( teor de água < 10 % ) ou emulsão inversa ( teor de água de 10 a 45 % ) .
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Estes fluidos podem ser emulsões água/óleo propriamente dita (teor de água < 10%) ou emulsão inversa (teor de água de 10 a 45%).
Devido ao alto custo e grau de poluição , os fluidos à base de óleo são empregados com menor freqüência do que os fluidos a base de água .
s-82
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Devido ao alto custo e grau de poluição, os fluidos à base de óleo são empregados com menor freqüência do que os fluidos a base de água.
Algumas situações recomendam a utilização desses fluidos de baixa densidade , tais como em zonas com perdas de circulação severas e formações produtoras com pressão muito baixa ou com grande susceptibilidade a danos .
s-83
24-20150122-MONOGRAFIA_0-91
Algumas situações recomendam a utilização desses fluidos de baixa densidade, tais como em zonas com perdas de circulação severas e formações produtoras com pressão muito baixa ou com grande susceptibilidade a danos.
Também em formações muito duras como o basalto ou diabásio e em regiões com escassez de água ou regiões glaciais com camadas espessas de gelo .
s-84
24-20150122-MONOGRAFIA_0-92
Também em formações muito duras como o basalto ou diabásio e em regiões com escassez de água ou regiões glaciais com camadas espessas de gelo.
A perfuração com ar puro utiliza apenas ar comprimido ou nitrogênio como fluido , tendo aplicação limitada a formações que não produzem elevadas quantidades de água , nem contenham hidrocarbonetos .
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24-20150122-MONOGRAFIA_0-93
A perfuração com ar puro utiliza apenas ar comprimido ou nitrogênio como fluido, tendo aplicação limitada a formações que não produzem elevadas quantidades de água, nem contenham hidrocarbonetos.
Esta técnica pode ser aplicada em formações duras , estáveis ou fissuradas , onde o objetivo é aumentar a taxa de penetração ( THOMAS , 2001 ) .
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Esta técnica pode ser aplicada em formações duras, estáveis ou fissuradas, onde o objetivo é aumentar a taxa de penetração (THOMAS, 2001).
II.2.3 – Meio ambiente
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II.2.3 – Meio ambiente
O fluido de perfuração que sai do poço chega à superfície com sólidos ( cascalhos ) agregados .
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O fluido de perfuração que sai do poço chega à superfície com sólidos (cascalhos) agregados.
O fluido é então imediatamente direcionado a um sistema de controle de sólidos ( Figura II.3 ) .
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O fluido é então imediatamente direcionado a um sistema de controle de sólidos (Figura II.3).
Este sistema extrai os sólidos do fluido de perfuração , e naturalmente restará sempre um percentual de fluido agregado ao cascalho .
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Este sistema extrai os sólidos do fluido de perfuração, e naturalmente restará sempre um percentual de fluido agregado ao cascalho.
O tipo ( base ) do fluido de perfuração utilizado para a perfuração marítima influencia diretamente no comportamento do cascalho após seu descarte para o mar .
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O tipo (base) do fluido de perfuração utilizado para a perfuração marítima influencia diretamente no comportamento do cascalho após seu descarte para o mar.
Como se observa na figura , neste caso não há tendência para formação de acumulações submarinas sob a forma de pilhas de cascalho .
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Como se observa na figura, neste caso não há tendência para formação de acumulações submarinas sob a forma de pilhas de cascalho.
O Quadro II.1 resume o acima exposto comparando as peculiaridades dos descartes de cascalho provenientes de poços perfurados com fluidos de base aquosa com não aquosa ( SCHAFFEL , 2002 ) .
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O Quadro II.1 resume o acima exposto comparando as peculiaridades dos descartes de cascalho provenientes de poços perfurados com fluidos de base aquosa com não aquosa (SCHAFFEL, 2002).
O impacto ambiental dos cascalhos contaminados com lamas à base de petróleo tem resultado em severas restrições à sua utilização em muitas partes do mundo , e também levado ao desenvolvimento de fluidos de perfuração sintéticos , mais compatíveis com o meio ambiente , os quais não somente apresentam um bom desempenho como também são menos tóxicos e , em muitos casos , mais biodegradáveis .
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O impacto ambiental dos cascalhos contaminados com lamas à base de petróleo tem resultado em severas restrições à sua utilização em muitas partes do mundo, e também levado ao desenvolvimento de fluidos de perfuração sintéticos, mais compatíveis com o meio ambiente, os quais não somente apresentam um bom desempenho como também são menos tóxicos e, em muitos casos, mais biodegradáveis.
Quadro II.1 - Descarte de cascalho com fluido aquoso x não aquoso .
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Quadro II.1 - Descarte de cascalho com fluido aquoso x não aquoso.
- Pluma de descarte estreita - Tendência ao acúmulo de cascalho ( dependendo da situação podem se formar pilhas submarinas )
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- Pluma de descarte estreita - Tendência ao acúmulo de cascalho ( dependendo da situação podem se formar pilhas submarinas )
- Ecotoxicidade para o bentos *
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- Ecotoxicidade para o bentos*
* Em biologia marinha e limnologia , chama-se bentos aos organismos que vivem no substrato , fixos ou não , em contraposição com os pelágicos , que vivem livremente na coluna de água .
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*Em biologia marinha e limnologia, chama-se bentos aos organismos que vivem no substrato, fixos ou não, em contraposição com os pelágicos, que vivem livremente na coluna de água.
Os bentos ou organismos bentônicos são aqueles animais que vivem associados ao solo marinho , como por exemplo os corais ( Wikipédia ) .
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Os bentos ou organismos bentônicos são aqueles animais que vivem associados ao solo marinho, como por exemplo os corais (Wikipédia).
II.3 – ENCERAMENTO DE BROCA
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II.3 – ENCERAMENTO DE BROCA
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