A UNITA declarou ontem que o seu líder, Jonas Savimbi, não aceitará o cargo de vice-presidente que lhe é proposto nos acordos de paz de Angola, preferindo viabilizar um Governo de unidade nacional desempenhando o papel de líder de uma oposição leal, com direito a ser consultado pelo Presidente sobre todas as questões nacionais.
«As pessoas no MPLA temem que a UNITA queira romper o processo, estando deliberadamente a provocar atrasos até Novembro, data em que expira o mandato do Governo», disse à Reuter o chefe dos negociadores da UNITA em Luanda, Isaías Samakuva, explicando que tinha entregue ao Governo e à ONU um documento com propostas concretas.
«O Governo tem capitalizado sobre o que nós não fizemos, o que só contribuiu para enfraquecer a liderança da UNITA, dificultando-lhe o cumprimento das tarefas restantes».