O ministro canadiano das Pescas, Brian Tobin, tinha dito, no domingo passado, estar pronto a tomar todas as medidas necessárias para impedir 49 barcos europeus -- 38 espanhóis e 11 portugueses -- de continuarem a pescar nos grandes bancos, ao largo da Terra Nova.
Tobin sublinhou que os pesqueiros europeus foram todos prevenidos, via rádio, de que o Canadá protegerá os seus «stocks» de solha e palmeta, mesmo para além do limite das 200 milhas náuticas.
Em causa neste diferendo estão dois problemas: a intenção canadiana de, pretensamente, preservar os recursos de pesca da zona e, em segundo plano, a intenção de alargar a sua jurisdição a águas internacionais para além das 200 milhas da zona económica exclusiva.
Os canadianos dizem querer diminuir fortemente a pesca da palmeta para evitar o seu desaparecimento, «como aconteceu com o bacalhau e o ' red fish '», observa Ernest Loignon.